A partir dos dados divulgados, observa-se que houve redução de 3% nos acidentes de trabalho registrados no país, sendo 704.136 ocorrências contra 725.664 em 2013. Mesmo com a diminuição, vale destacar que os acidentes de trajeto aumentaram no Brasil no ano de 2014.
Foram registrados 115.551 acidentes de trajeto em 2014, sendo 3% a mais do que em 2013. Para Marco Antonio Gomes Pérez, diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do MTPS, este aumento acompanha o crescimento dos empregos formais. "Não houve mudança, o que significa que continua ruim. Sabemos dos perigos das motos no trânsito e os trabalhadores vêm usando mais motos para se deslocarem para o trabalho", analisa.
Já os casos de doenças ocupacionais registradas em 2014 diminuíram 9,4% se comparadas ao ano anterior. Segundo ainda o levantamento, os acidentes típicos caíram 1,5% em 2014, com o registro de 427.939, sendo 6.400 acidentes a menos do que os informados em 2013. O número de acidentes com CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) registrados em 2014 foi de 559.061, sendo 0,8% a menos que em 2013. O número de acidentes sem CAT informados diminuiu 10,4%, de 161.960 em 2013 passou para 145.075 em 2014. Para o diretor do DPSSO, o aumento dos trabalhadores formais no setor terciário da economia (comércio e serviços) pode ter relação com a redução no total dos acidentes de trabalho. "Sabemos que no setor terciário a exposição a acidentes do trabalho não se dá de forma igual à da agricultura e indústria, onde o risco é maior. Houve também um processo de terceirização importante em que serviços de maior risco podem estar sendo feitos fora do pais. Por outro lado, tem as mudanças tecnológicas, a automatização, que mudam o perfil de risco e podem estar contribuindo para reduzir acidentes", avalia.
Conforme ainda os dados divulgados, houve uma queda de 3,2% no número de acidentes liquidados em 2014. Esse percentual representa 24.134 acidentes a menos do que os liquidados em 2013. De acordo com o levantamento, também diminuiu em 2% o número de óbitos, sendo 58 mortes a menos em 2014. A assistência médica que registrou 106.967 casos teve um decréscimo de 2,4% comparando-se com os dados de 2013.
As incapacidades permanentes tiveram queda de 18,8% no ano analisado, sendo registradas 13.833 no total. Além disso, diminuíram as incapacidades temporárias em 3%. De acordo com os dados, os principais benefícios pagos referentes a acidentes de trabalho foram as incapacidades temporárias com menos de 15 dias (48,07%) e com mais de 15 dias (34,82%).
As tabelas com os principais números acidentários de 2014 pode ser acessados aqui.
Confira os dados de acidentes de trabalho para o ano de 2014 e a reportagem completa sobre o assunto na edição do mês de abril da revista Proteção.
Fonte: Redação Revista Proteção
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