sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Ausência de Percepção de Risco?

Todas as vezes que acontecem os acidentes nas empresas, inicia-se todo o processo de investigação e análise destas ocorrências.
Neste processo sempre buscamos identificar as causas que contribuíram para que estes eventos ocorressem. Nesta busca por causas muitas vezes nos deparamos com causas administrativas, causas organizacionais e causas que envolvem as pessoas. Quando identificamos causas que envolvem pessoas, uma em especial, aparece com certa frequência nas investigação que é a "ausência de percepção de riscos".
Se partirmos do pressuposto que percepção é o ato de perceber algo, podemos afirmar que, no ambiente do trabalho estamos sempre percebendo as pessoas, os ambientes, as atividades e tudo que nos norteia dentro da empresa e portanto, todos possuem percepção. O que acontece por vezes é que por alguns motivos esta percepção que  é afetada por outros fatores que podem ser tanto internos quanto externos que chamamos de ativadores.
Os ativadores são divididos em Psicológicos, Cognitivos, Sociais e Fisiológicos.
Psicológicos: São fatores psicológicos como pressa, ansiedade, preocupações com situações internas ou externas ao trabalho que influenciam no indivíduo fazendo-o perder o foco ou a atenção no trabalho.
Cognitivos: Os fatores cognitivos indicam o quanto as pessoas conhecem a atividade que estão realizando e como os procedimentos, se existentes, informa as pessoas sobre o que fazer. Nesta é verificada também qual a efetividade dos treinamentos recebidos.
Sociais: São os fatores relacionados a clima da empresa, ações da liderança, condições de trabalho entre outros.
Fisiológicos: São fatores relacionados a fisiologia das pessoas como fadiga, vontade de ir ao banheiro entre outras.
Portanto, quando em uma investigação de acidente aparecer a causa " falta de percepção de riscos" lembre-se de verificar os ativadores e você verá que existem causas raízes que explicam esta falta de percepção e que devem ser tratadas para evitar a reincidência dos eventos.

Escrito por Nonato Soares.

domingo, 26 de outubro de 2014

CUIDADO ATIVO GENUÍNO




Cuidar do outro, cuidar de si e deixar ser cuidado!

Cuidar do outro:

Cuidar de pessoas é o que geralmente muitos escolhem fazer através de várias ações como obras de caridade, ONGs , ações sociais ou outras práticas. Estas geralmente tem a finalidade de fazer as pessoas que ajudam se sentirem melhor ou serem melhor vistas pela sociedade. Com certeza, cuidar dos outros é muito importante e devemos apoiar para que praticas como estas continuem acontecendo, entretanto, não podemos cuidar dos outros somente através de ações sociais, pequenas práticas como chamar a tenção de alguém que esta correndo risco, ajudar alguém a atravessar a rua, para na faixa de pedestres para que as pessoas atravessem entre outras ações simples também são formas de cuidar de outras pessoas e devemos cada vez mais praticar estes pequenos cuidados.

Cuidar de si:

 Algumas pessoas esquecem que para cuidar de outras pessoas é necessário cuidar de si, ou seja, precisamos estar bem para cuidar dos outros. Você lembra qual o recado dado pelos comissários de bordo de um avião em caso de despressurização? em quem colocar primeiro a mascara? Pois é, tem que colocar primeiro em você para depois colocar nos outros. Por quê isso? Porquê primeiro você precisa cuidar de você, e cuidar de você é o que parece mais difícil, pois fazer seus exames médicos em dia, praticar atividades físicas, cuidar da saúde espiritual, se alimentar adequadamente, dormir de forma adequada entre outros cuidados, são ações que a maioria das pessoas não consegue fazer de forma correta e com a disciplina necessária. É preciso que todas as pessoas busquem a melhor forma de cuidar de si, busquem sempre um ponto de equilíbrio entre a sua vida profissional, pessoal e espiritual e vivam em harmonia com eles. Não podemos esquecer que todos nós, em algum momento das nossas vidas, somos exemplo para outras pessoas e ninguém que ser um exemplo ruim, principalmente para quem queremos ajudar. Portanto, cuidar dos outros sem cuidar de si pode ser um péssimo recado para quem esta querendo ajudar outras pessoas.

Deixar ser cuidado:

Alem de cuidar do outro e cuidar de si, existe um outro ponto que devemos desenvolver para a prática do cuidado ativo genuíno, que é deixar ser cuidado. Quem gosta de ser chamado a atenção  porquê atravessou a rua sem utiliza  a faixa de pedestres? ou porquê mudou de faixa no trânsito sem  sinalizar? Estes pequemos exemplos mostram o quanto somos resistentes a ser chamados a atenção, mesmo que seja para o nosso próprio bem. Este ato de nos fechar quando somos criticados é natural de ser humano, pois entramos em estado de defesa, entretanto,  devemos aprender a trabalhar a forma de recebermos críticas para podemos extrair destas os recados positivos e sempre evoluirmos. Sei que não é fácil, mas é possível.

Vamos praticar o cuidado genuíno e vocês verão a diferença que vai fazer na sua vida, implantem este conceito nas empresas e verão o bem resultado que esta prática pode trazer para a saúde e segurança das pessoas.

Escrito por Nonato Soares.